domingo, 18 de dezembro de 2016

NO ESCURINHO

No sábado, 3 de dezembro, fiquei sem energia elétrica.
Passei toda a noite de sábado e o domingo inteiro achando que o problema era na rede interna de minha casa.
Só com o Bruno, na segunda de manhã, é que descobrimos que o problema era da CPFL. Um cabo resistor que ligava os fios da rua com a peça do poste da casa (ou qualquer coisa parecida), quebrara. Os caras da CPFL só começaram o conserto as 22:00. Ou seja, entre 18:30 e 22 horas fiquei sozinho em casa, no escuro, com as baterias do celular e tablet zeradas e sem poder usar o telefone porque ele é daqueles sem fio.
É só nesses momentos que a gente nota quanta coisa tem pra ser feita e que fica travada por falta de energia, de computador, de internet, de celular, de telefone!
Pra cada um dos videoclips que estão agendados (seis para os próximo seis meses)  têm-se que providenciar muitos detalhes: local, equipe, figurino, luz, pagamentos etc.
As edições dos programas de rádio já gravados (três), os contatos com novas bandas para próximos programas....
A procura pelos parceiros ideais pro trabalho de aprofundamento no figurino, o festival de bandas autorais em gestação, os textos pra este blog, as atualizações diárias via twitter......é muita coisa.
Isso sem falar no site que ainda não saiu, no lançamento definitivo das fotos que fiz em agosto, na revisão de todo o equipamento e instrumentos para os próximos shows.....
E tem o PROAC, um trabalho hercúleo de se correr atrás de empresários.
E a redefinição do projeto visando uma ROUANET no futuro!
Atualizações na página do Face, contato com rádios independentes nacionais e internacionais, estudar os textos que estão explodindo na rede sobre o caminho empresarial necessário para os compositores atuais!!!!
Fiquei pasmo em repassar quanto há pra se fazer e eu, naquele momento, ali, parado, no escuro da varanda, por horas, sem poder fazer nada!!! Só fazendo carinho na testa da Liebe e, com os pés, na barriga da Châtelet.
Mas, de repente, me veio uma ideia estranha na cabeça: na minha casa tem violão! Aliás, alguns. Eu tenho 2, o do Helder de 12 cordas fica comigo também (há décadas) e o Bruno deve ter uns 17 ou 32 instrumentos de corda no quarto dele.
Me veio a estranha sensação de que eu poderia pegar um desses instrumentos acústicos e, de repente, assim, sem compromisso, dedilhá-lo. Passar umas sequências de acordes, experimentar algumas séries harmônicas, pincelar umas melodias.........
Então, fiquei ali por umas 4 horas tocando.
Fiz 3 músicas.
Bem, compus 9 sequências harmônicas, 3 pra cada música. Sei pra qual assunto cada uma delas serve. Até uma proto-melodia se enquadra na primeira dessas músicas.
E uma das músicas até me deu a certeza de que será a base pra uma letra na qual venho trabalhando há dias: The Super Hero. Sim, em inglês. Talvez seja influência das bandas que já entrevistei, todas elas com letras em inglês - Factus Band, Higher, Fabiano Negri. E as músicas nesse idioma da Marise Marra definitivamente me cativaram.

I´m a super hero
And my power is the total annihilation of the relationships
I promise you: your heart, your soul, your feelings - all of them will be destroyed
I´ll give you hope, I´ll give you a great smile, a hug,
I´ll embrace your soul, you will feel like the most happy human of the world
Give your heart to me, give me your soul, give me your life
I´ll crack in thousand pieces
And so, with my simple way to be.....will be the end
Your end

Claro, está sem métrica, sem ritmo, são só as ideias imediatas. Mas dá pra ver que eu não perdi minha veia romântica, não acham? Tenho pensado muito sobre o gênero masculino e todas as suas maravilhosas contribuições para a existência, para os relacionamentos, para o amor.....

O que eu conseguiria fazer com mais tempo pra compor?
Bem, não vou ficar esperando (o futuro: adeus pertences). O que tem que ser feito.....tem que ser feito.
Mas fica essa pergunta no ar......