quarta-feira, 1 de março de 2017

O CD "O CULTO À CIÊNCIA", COMENTADO FAIXA A FAIXA - FAIXA 1 - "HOMENS, VENHAM ME BUSCAR"

A partir de hoje e pelas próximas 15 semanas, lançarei um texto sobre cada uma das canções de meu primeiro CD, "O Culto à Ciência". Nesses textos contarei detalhes sobre o processo de composição e gravação além de curiosidades sobre o que me inspirou a escrevê-las.
Junto com esses textos, lançarei, a cada semana, um video lyric em meu canal no youtube (procure por Wton) para que você acompanhe a música lendo a letra depois de ler o texto sobre ela. Experiência mais direta que isso só mesmo vendo o show. Em breve os convidarei para isso também.


HOMENS, VENHAM ME BUSCAR

É a música que mais gosto no CD.
É uma canção de desesperança: algo me diz que pode ser que não consigamos resolver nossos problemas sem uma intervenção externa, venha de onde vier.
A menção a Star Trek no 2.o verso é uma aposta comigo mesmo: lançar um trabalho sem citar algo da franquia seria impensável. Também uso o comecinho da trilha sonora da série clássica no início da 3.a estrofe citando TOS. Já as outras citações sonoras - Contatos Imediatos do 3.o grau e Contato - são homenagens a outros filmes que me influenciaram bastante. O som do início da 2.a estrofe não é menção a nenhum filme e sim à Mahavishnu Orchestra, grupo instrumental da década de 70 e 80.
O timbre inicial de teclado causou, sozinho, um atraso de 1 ano no lançamento do CD. Quando descobri o som, vi que teria que o por de algum jeito na música. Música pra mim é timbre.
Não tenho técnica pra gravar muitas das coisas que componho mas o solo, que é um duelo entre teclado e guitarra, eu consegui tocar. Mas apesar de ser uma pergunta-e-resposta musical, as partes de teclado e guitarra foram gravadas separadamente.
O solo de guitarra foi improvisado por Andrés Zúñiga. Fomos compondo os trechos enquanto discutíamos o que seria melhor como resposta a frase anterior do teclado.
Esta é, provavelmente, a música que mais ganha ao ser ouvida num show ao vivo. Tento interpretá-la de uma forma que transmita que a experiência de receber ajuda de seres extra-terrenos ou de seres de outras dimensões ou de gente vinda do futuro são coisas totalmente diferentes pra quem recebe a ajuda. Mesmo que essa ajuda seja simplesmente nos tirar desta loucura que é esta vida.
Eu fiz de tudo pra que essa canção não pulsasse demais. Num dos arranjos prévios ela soava bem mais swingada, tendendo pra Benjor. Apaguei tudo e recomecei até deixá-la como está: dura, seca, quadrada. É difícil conseguir isso mas acho que tive sucesso.

Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam. Adeus.

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MÁXIMAS



1. Sabe de onde vem aquela história de que homem não gosta de gato? É que os homens não querem ter trabalho pra identificar o estado emocional do outro. E os gatos demonstram (e muito) o que sentem de formas muito sutis.

2. Amuleta.

3. As empresas de mídia (jornais, TV, rádios) fazem a cobertura do dia-a-dia do Brasil com um mesmo padrão porque todas tem o mesmo patrão.

4. Spinacoteca.

5. Os nomes de alguns cursos de graduação estão errados: Psicologia deveria se chamar Analista de Sistemas.

6. O cio criativo.

7. O artista plástico Guillermo Vargas, mais conhecido por Habacuc, expôs uma obra que nada mais era que um cachorro faminto, preso por uma corda num canto da sala. O animal morreu por falta de comida e muitos se enfureceram por causa disso.
Mas será que essas pessoas não se lembram de quantos animais já passaram por provações até piores em outras pinturas e esculturas?

8. As mulheres pensam, antes de qualquer coisa, em suas estabilidades emocionais. Os homens pensam na estabilidade de suas vidas e, dentro delas, em suas estabilidades emocionais.

9. Eu me aceito como sou. Me aceito tanto que nem consigo mudar.

10. Eu gostaria que "O Culto à Ciência" fosse o meu "Pablo Honey".

11. Ser vulgar é impossível.

12. Eu sou estar.

13. Não é algo que beira o sagrado algumas palavras terem sons tão bonitos e, além disso, ainda terem significado?

14. Nas discussões sobre Marxismo, proponho a abordagem de um novo utópico:

15. Tá um saco aqui. Posso ir brincar lá dentro?

16. Não me interesso mais por astrologia. Mas me interesso (e muito) pelo interesse das pessoas pela astrologia.

17. Minha música ainda não é contemporânea. Mas ela pode esperar.


Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam. Adeus.


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