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Ao ouvi-la, Viviane me perguntou sobre o processo de composição, como eu cheguei àquelas notas, acordes, ritmos.
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É difícil descrever esse momento porque ele é por demais.......como explicar?.......simples!
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Esclareço que essa música é sobre um texto do Leminski. E acho que as coisas podem começar por aí: você e uma frase, verso ou poema que te toca.
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Daí pra frente, tem o artesanato de casar cada sílaba ou grupo de fonemas com uma nota adequada. Adequada pra você que a escolhe, claro, isso é muito pessoal.
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Eu descrevendo o processo desta forma, parece algo fácil de se fazer. Na realidade não é fácil: é facílimo.
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"Então porque todo mundo não o faz", perguntaria você.
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Medo.
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Em minha opinião, artista é quem diz que é artista. E pra você, em espírito e em verdade, dizer pra você mesmo que é um artista e ficar em paz, tem que se dar ao trabalho de passar por essa experiência de ter contato com o que é realmente simples na vida. O que é simples na música, nas letras, nos movimentos, na atuação.
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Muitos, quando veem um artista trabalhando, ficam boquiabertos com a quantidade de tempo e dinheiro que perdemos com coisas não "úteis". Essas pessoas nunca libertarão o artista que há nelas.
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Outros sempre criarão algo e imediatamente porão aquela "obra" sob o julgamento dos outros e, pior, um julgamento interno que simplesmente mata a expressão antes mesmo que ela se manifeste. Bye bye expressão pra esses também.
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A raiz da palavra anestesia é a mesma que gerou a palavra estética. Mas note que esse "a" como prefixo da palavra anestesia significa negar o sentido da palavra seguinte, estesia (capacidade de perceber o sentimento da beleza). Se você não admira, consome, produz, divulga, incentiva a Beleza, cuidado: você pode estar anestesiado e nem sabe!
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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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