RESPEITÁVEL PÚBLICO!!! WTON ORGULHOSAMENTE APRESENTA.....

Desde ontem, 23 de dezembro de 2017, posso divulgar, sem sombra de dúvida e sem qualquer senão, que tenho 2 projetos aprovados e passíveis de receber patrocínio pelas leis de incentivo cultural, seja pela Rouanet (federal) ou pelo PROAC (estadual).
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Bem, o PROAC já tinha sido aprovado há tempos mas como é voltado para empresas, acabei falando dele somente com empresários. Agora vou passar a falar dois dois de forma mais geral e constante.
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Primeiramente digo que OS DOIS PROJETOS FORAM APROVADOS EM TEMPO RECORDE! Ou seja, estavam tão bem formatados, foram tão certeiros e completos que nenhum pedido de informações ou adequação foi feito.
"Segundamente", ELES FORAM APROVADOS SEM GLOSAS! Sim, posso captar todo o dinheiro que pedi porque justifiquei adequadamente o custo de cada item.
Terceira e finalmente, ELES SERÃO EXECUTADOS POR ARTISTAS DE CAMPINAS que levarão  o show de música, imagem e performance a cidades próximas (PROAC) e para outros estados (ROUANET).
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Resumidamente (bem resumidamente mesmo!!!), digo que os shows para o PROAC:
- serão realizados em 5 cidades próximas a Campinas, 5 músicos no palco, repertório de meu primeiro CD mais composições do próximo, interação e participação constante do público com a banda, nos moldes do que foi o show de lançamento do CD "O Culto à Ciência",
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e para a ROUANET:
- 10 shows, 10 músicos no palco (6 na banda mais quarteto de cordas), repertório rearranjado com as canções mais líricas e representativas, telão de led com imagens criadas pelo grande artista gráfico Danilo Lucena, exclusiva e sincronicamente para acompanhar os 70 minutos de som .
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O objetivo é proporcionar ao público uma experiência lúdica, sensível, abrangente, onde som, poesia e imagem interagem a todo tempo. Os 5 shows pelo PROAC serão em auditórios abertos ao público e terão como contrapartida à comunidade, uma série de palestras sobre história da música que criei intitulada "DO PUNK AO SAMBA".
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Já os shows pela ROUANET serão realizados em presídios (3 deles), cidades pequenas, fora do circuito tradicional de grandes shows (4 deles) e em bandejões de universidades públicas (3 deles sendo que ocorrerão DENTRO DOS PRÓPRIOS BANDEJÕES, ENQUANTO OS ESTUDANTES SE ALIMENTAM!).
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E você, prezadérrimo leitor, como entra nessa história?
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Se você é empresário ou conhece algum empresário que se interessa em usar parte de seus impostos para o patrocínio cultural......ENTRE EM CONTATO!!!
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Se você, pessoa física ou jurídica, estiver interessado em encaminhar parte de seu imposto de renda para este projeto.......ENTRE EM CONTATO!!!
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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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PRA QUÊ ESSE DESESPERO EM FALAR COM ET´S, WTON?

Ando publicando de uns meses pra cá em meu perfil pessoal no face poesias e frases que estão numa agenda de 1995. Agenda da Tribo, usei muito, poesias que mexeram comigo e que me incentivaram, inclusive, a conhecer toda a obra de Leminski.
Semana passada, curiosamente, tinha esta poesia:

"Cada pessoa é uma mina, escondendo preciosidades muito além de sua própria percepção."
Pedro Marodin
Agenda da Tribo, 9 de dezembro de 1995


Então, isso resume, de forma poética, essa minha estranha necessidade de conhecer as pessoas de um jeito que eu entenda como são suas visões de mundo, seus valores, ambições, temores, sonhos, etc.
Sim, as pessoas não se abrem facilmente, às vezes são anos de amizade pra quem num único momento você fique sabendo de algo que foi crucial na caminhada de alguém. Algo que mudou os destinos de sua vida, algo que lhe questionou as verdades.
É como se a gente tivesse que minerar toneladas de terra (as aparências sociais, as inseguranças, os medos humanos tão presentes) pra que, no final de tudo, se consiga achar uma pepita valiosa, que pode nos ajudar a entender a nós mesmos.
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Toquei 3 vezes com o Kbelo nos últimos meses. Um projeto em que a gente gastava meia hora pra ir, 10 minutos pra ensaiar, 5 minutos de apresentação, meia hora pra voltar e só. Nessas idas e vindas, conversarmos algumas coisas e, confesso, não consigo deixar de ficar pasmo com uns lances.
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Pra quem não conhece, meu distinto amigo é aquele que, no trânsito terrível e chuva idem, viu uma manga caindo de madura da árvore e rolando pra calçada onde um cara saiu correndo de casa pra a pegar. Por que ele se impressionou com isso? Ou então, vendo a tempestade no horizonte e um avião na única área limpa do céu, comentou: "o piloto deve estar se gabando de ter manobrado pra longe da chuva!". Então, ele faz comentários sobre as coisas dessa forma o tempo todo. Ele apreende o mundo de um jeito só dele, nota e se sensibiliza com coisas que me passam batido fácil.
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Mas quando ele me contou que foi semanalmente tocar em Trindade durante 6 meses neste ano de 2017......eu quase surtei! 5 horas de ida e 5 de vinda! Sozinho!! No carro!!! Indo pra praia!!!!
Eu fiquei até descontrolado porque me imaginei tendo que pegar um trabalho assim, que me fizesse viajar tanto. E ainda mais pro litoral!
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"- Mas o que você fica fazendo todo esse tempo de viagem?"
"- Ah, ouço músicas de meus amigos. Mas grande parte do tempo eu fico em silêncio mesmo."
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Isso pra mim é algo transcendente. Inimaginável. Pra ele é tranquilo, pra mim algo impensável.
E daí eu fico matutando outras coisas que as pessoas fazem e que geram em mim um interesse enorme em entender o porquê delas fazerem isso.
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Por que ele pegou esse trabalho? "Ah, a grana era boa". Pode até ser mas acho que tem coisa por aqui que pagaria igual. "Ah, ele gosta de viajar". 10 horas por semana? Dá pra fazer uma graduação nesse tempo. "Ele curte ficar sozinho". Tem escola de yoga em Campinas que faz passeio periódicos onde você tem que ficar em solidão por longos períodos. "Ele gosta de tocar na praia, W!". Tanto assim pra fazer esse sacrifício? "Pra ele não é sacrifício." Mas, mas, mas....."W, você não tem nada que medir os outros por você!". Sim, é verdade.
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Mas esse tipo de coisa realmente me assombra. E eu passo por elas, por situações semelhantes, dezenas de vezes por semana!
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Ou seja, aqui mesmo, do lado, no convívio diário, tem um monte de gente matéria-prima pra se descobrir novos mundos, novas civilizações.....
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Pra quê esses desespero em falar com ET´s, WTon?

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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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FAMA, THE X FATOR, THE VOICE, ETC. ETC. ETC.

De tempos em tempos, algum aluno me pergunta se eu vi a apresentação de um cantor num dos programas citados no título deste texto (e há vários outros!!!).
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E sempre é a mesma resposta: não vi e não verei. Claro que eles perguntam o porquê dessa minha atitude e, depois que eu explico, a maioria aceita a explicação. Você aceitaria? A explicação é a seguinte:
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Eu não assisto porque não esses não são programas que tratam de algum assunto importante pra mim.
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"- Como assim (diriam alguns)??? Você não se interessa por canto?"
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Então, esses programas não são sobre canto, muito menos sobre música. São programas bolados pelas TVs pra alavancar suas audiências se utilizando de um tema querido de todos: música. Eles chamam entendidos (nem sempre) pra julgar, tem um equipamento de som e vídeo de primeira, repertório variado, músicos acompanhantes excelentes e candidatos (às vezes) excepcionais. Mas não se engane: esses programas se pautam pelo reloginho do IBOPE.
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Um candidato começa a cantar e o controle do IBOPE indica que o número de telespectadores aumentou ou ficou mais tempo assistindo....bem, esse cara começa a ter mais chances de ganhar.
Ou um outro recebeu alguns milhares de mensagens a mais que os demais competidores....
Ou o canal no youtube de outro explodiu de visualizações....
Ou até um dos calouros foi indicado (ou comentado) por um fodão da indústria da música.....
Tudo isso pode dar a vitória da competição a alguém sem que fatores definitivamente musicais entrem no julgamento. Ou, na melhor das hipóteses, música em si passa a ser um dos fatores levado em conta....
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Sim, há gente muito talentosa que vai lá, se apresenta muito bem, vence a competição e isso os ajuda muito em suas carreiras. Mas note que esses casos são raros. Justamente porque esses casos raros já são bons artistas e bons vendedores de suas próprias carreiras ANTES DE IREM ATÉ O PROGRAMA. Eles usam a exposição na TV pra benefício de suas carreiras, nunca permitem que o contrário aconteça.
Ou seja, mesmo sem esses programas eles continuariam na estrada, batalhando horrores pra chegar a algum lugar que a TV fez com que chegassem um pouco mais cedo.
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"Ah, então você odeia esses programas???"
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De forma alguma. Não gosto nem desgosto porque não assisto. E não assisto porque não tem nada a ver com o meu negócio: Música.
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