Na atual estrutura das coisas, onde se fica sabendo de tudo através das redes sociais, e nelas a informação circula por imagens e vídeos, usar textos pra dizer algo soa até anacrônico.
Então, este blog é pra quem ainda entende o valor da palavra escrita e, por sermos poucos, posso me dar ao luxo de reservar a este espaço informações mais completas e profundas, tipo as coisas que não deram certo, o que me frustrou, me chateou, mas que são tão importantes quanto aquelas que fluíram bem. Afinal de contas, “todas as coisas contribuem...”
Foi um bom show? Sim, foi. De ótimo saliento minha performance. Consegui cantar relativamente bem, me soltar fisicamente, falar com o povo com naturalidade, entregar o cerne da mensagem do meu trabalho, ver nos rostos do público o entendimento do que estava sendo dito. Isso tudo é importante.
Ter dominado todo o aparato técnico pra fazer o show acontecer também foi uma façanha. Como organizei tudo sozinho, vencer esse desafio não foi tarefa pequena.
Estava com uma energia física boa, uma aparência descansada e uma lucidez total.
Nota 10 então, né?
Não, nem perto disso. Vejamos o outro lado da moeda.
Tinha uma peça de teatro no Coletivo entre 18 e 19. Até aí tudo bem, o público da peça até foi convidado pro meu show. Mas na montagem e passagem do som, a preparações dos dois eventos se chocaram e eles pediram 1 hora pra fazerem a parte deles. Essa hora me custou muito caro...
Parece pouco tempo, mas todas as coisas que fazem o show acontecer tem que ser encadeadas numa sequência correta pra que tudo dê certo. Sem poder passar o som até as 16 horas, tive que correr demais pra ajeitar os preparativos de forma diferente, o que gerou tensão e desgaste desnecessários.
Cheguei no Coletivo para o show as 18:40, mas só pude mexer nos equipamentos depois do fim da peça, 19 horas, e daí deu um pau no equipamento que tensionou as coisas ainda mais e tive de fazer um esforço interno imenso pra não me perder.
Mas o que pegou mesmo foi o pequeno afluxo de pessoas pra ver o show. Como já disse, não é esse fator que vai me fazer entregar uma apresentação pior. Aliás, esse tipo de coisa até me desafia a fazer melhor, mas...
Mas estou fazendo algo de errado na divulgação. Sim, não paguei anúncios nas redes sociais (por absoluta falta de grana), nem fiz vídeos específicos pra isso, mas os retornos que eu estava tendo nas redes sociais me faziam achar que pelo menos 30 pessoas iriam estar lá. Não, foram 14.
Durante o show, por causa da correria que os problemas que citei criaram, acabei me perdendo um pouco e me esqueci de falar do PIX, apesar do banner enorme do meu lado. Resultado: NENHUMA CONTRIBUIÇÃO. NENHUMA.
Então, paguei o Gabriel, o conserto de cabos, umas outras despesas pequenas e nem sequer arrecadei o suficiente pra cobrir o valor dessas coisas!
Nesses termos, nem um evento simples como esse eu poderei me dar ao luxo de fazer. Não posso tirar de onde não tenho pra bancar o sonho.
Dureza.
Bem, quem estava lá me deu um retorno incrível. Todos com quem falei estavam visivelmente impactados e, pra minha grande surpresa, Will, dono do Woodstock, que tem contato com centenas de bandas e artistas, me elogiou bastante e isso foi extremamente importante pro projeto. Como vocês podem se lembrar, é no bar dele que eu quero fazer um show com o repertório mais rock and roll.
No cômputo geral defino como uma experiência extremamente útil, deve gerar áudio e vídeo pra divulgação nas redes e em SESCs e outros centros culturais. Mas o amargo aprendizado de que SEMPRE devo frisar para os contratantes a vital, absoluta necessidade do espaço estar livre para a passagem de som, bem, esse aprendizado pediu um preço alto pra ser assimilado.
- FOTOGRAFIA (PINTEREST E FIGURINO): nenhuma surpresa – não foi deste último show que saiu a grana pra isto.
- FIGUERAS: vendo as sessões tira-dúvidas. Ajudam bastante pois colocam coisas que ele fala no curso numa perspectiva mais realista.
- STREAMING: nada. Preciso sair da Amuse e ir pra Tratore. Mas novamente me prendi à Amuse por algumas semanas ao aceitar deles o adiantamento de recursos. Mas não tinha coo recusar 600 reais.
- BARES: no final das contas, não consegui convidar os músicos com quem quero trabalhar em bares pro show. Mas eles, imagino, não poderiam ir mesmo, estavam trabalhando. Mas vou marca-los nas publicações sobre o evento.
- REDES SOCIAIS: o projeto “1001...” continua “bombando”, para os meus padrões, é claro. Planejo várias coisas legais que podem rolar nesse projeto, estou otimista.
- SITE: nada. Falta uma seção mostrando e divulgando o 1.o CD, visando venda dele, claro.
Semana de avaliações gerais sobre o ano, organização dos próximos passos, mas tudo isso nos intervalos das aulas, da preparação para o casamento de dezembro, a formatura no Brasinha e a audição.
Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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