Houve um tempo em que eu dizia essa frase pra mim mesmo como uma justificativa para meu desejo de desenvolver uma carreira como compositor.
Dizendo isso pra mim mesmo eu meio que me livrava da culpa por não gostar de fazer qualquer outra coisa além disso.
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Na verdade.....
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Bem, a verdade é que eu poderia ser um bom profissional, talvez mesmo um excelente profissional, em várias outras áreas: psicólogo, fonoaudiólogo, professor de história, historiador, político, físico ou até mesmo algo como agente social. Mas eu não quero fazer essas coisas que descrevi porque eu acho que uma carreira nessas áreas seriam simplesmente entediantes.
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Como psicólogo eu teria acesso a tantas outras visões de mundos, mesmo que fossem as mais doentias possíveis. Mas já pensou em ficar horas e horas por dia fazendo isso, por anos e anos? Nossa, só de pensar nisso fico enauseado.
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Como fono, poderia finalmente ter uma noção total do processo fisiológico do canto. Sim, as terapias a serem aplicadas nos pacientes os ajudam a evoluir muito. Mas vendo pelo lado do médico.....nossa, que coisa horripilantemente chata.
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E por aí vai: tudo que eu imagino como uma possível carreira esbarra na necessidade vital de um desenvolvimento dentro da própria carreira que simplesmente exigiria de mim uma dedicação que me mataria por dentro, como Banco do Brasil tentou fazer por 13 anos.
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Então, acabei descobrindo que não é que eu só sei fazer isto (compor, arranjar, gravar, fazer vídeos e show e criar textos que mostrem minha visão de mundo).
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Na verdade eu não gosto é de trabalhar mesmo.
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E ficar fazendo pela minha carreira isso tudo que citei nunca seria encarado por mim como trabalho.
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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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