quinta-feira, 19 de novembro de 2020

QUE VENHA O ÁLBUM PÓS "A TOTALIDADE...." O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. SENÃO......"

Ao assistir a uma aula de Marcelo Gleiser sobre a crise na física do final do século XIX, a coisa foi ficando quente.

Ele falava sobre o episódio que ficou conhecido historicamente como a "catástrofe ultra-violeta".

Eu, que já adoro o assunto, fui ficando muito animado. Um pouco por causa das referências citadas que me são muito familiares mas por outro lado, o jeito que ele discursava começou a ligar uns pontos na minha cabecinha doente.

Comecei a enxergar que os termos que ele citava cabiam muito bem para a construção de um texto poético em que cada idéia usada no contexto da física poderia servir como metáfora para outros significados, estes de conotação sexual.

Fiquei, como sempre, em estado de ereção intelectual (como já dizia Dali) e comecei a anotar frases, termos, insights e tudo isso me animou muito. Comecei a vislumbrar uma canção do caráleo para o próximo disco (não este que vou lançar dia desses, um depois desse).

Mas não pude trabalhar nessa canção naquele momento. A porcaria da necessidade de comer e pagar as contas falou mais alto.

Voltei à ideia somente uns 15 dias depois e tive uma surpresa desagradável: aquilo tudo já não fazia tanto sentido. As ligações entre as coisas pareciam frágeis, as sugestivas imagens que as palavras suscitaram tinha se desvanecido e fiquei meio que perplexo com essa decepção.

O que noto é que inspiração é algo foda. Vital, energizante, divina até. Mas....ela passa por você, dá o ar da graça de sua existência e meio que te chama pra que naquele mesmo instante pule na garupa e saia galopando. Se você não fizer isso na hora....

Bem, pode ser que, quando eu me debruçar novamente sobre essas coisas, acabe voltando o viço, o brilho, toda aquela maravilhosa sacanagem de se fazer música misturando física e sexo. Mas a lição aqui é mesmo: esta vida é uma bosta. Eu TINHA que poder parar tudo o que eu estou fazendo NA HORA EM QUE A INSPIRAÇÃO APARECE e fazer uma música, um texto, um vídeo, sei lá, qualquer coisa. Qualquer coisa que segurasse não a essência criativa, isto é impossível. Mas pelo menos fazer algo que justificasse a passagem da Musa pelas minhas quebradas.

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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.

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