segunda-feira, 27 de agosto de 2018

1 X 0 PRA LABIRINTITE

Semana passada fui vencido pela labirintite. Ela me impossibilitou de fazer qualquer coisa que fosse por 2 dias. O trabalho acumulado desses dias sobrecarregou os outros dias e então nada relacionado à carreira foi mexido.
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Interessante isso: excesso de açúcar, café e chocolate acabaram com meu labirinto.
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Açúcar, café e chocolate são, pra mim, fontes por excelência de prazer. E, como alguns sabem, sou adicto. De várias coisas. Doces, entre tantas outras. E, se eu tivesse um fígado de ferro, provavelmente passaria o dia inteiro comendo brigadeiros, chocolates (Lindt), quindins, doce de leite condensado, etc. etc. etc. etc. 
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Pensando bem, além de um fígado de ferro, teria que ser bem rico também....
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Interessante é a analogia que se pode fazer, seguindo a sabedoria filosófica lapidar desse gênio moderno incompreendido que é Louise Hay: problemas com o labirinto apontam pra uma incapacidade geral de se equilibrar adequadamente os vários aspectos de nossas vidas.
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Bem, nada mais real que isso nestes dias. 
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Amo meus alunos mas eu passaria muito bem dando uma ou duas aulinhas por dia.
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Aprendi a gostar de tocar em eventos tipo casamentos e recepções mas não teria problema nenhum em diminuir o número deles a alguns por ano.
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Curto muito minha casa e cachorros mas ter uma faxineira, outro faz-tudo (o primeiro é o Gezinho Jimmy, amigo que mora comigo e que me salva de situações complexas como pregar um prego, por exemplo) pra manter o imóvel inteiro e pagar a Carol dos Bichos pra andar diariamente com as cãs, seria lindo.
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Minha vida realmente seria mais equilibrada se eu conseguisse dedicar um pouco mais de tempo a minhas músicas, gravações, vídeos e textos. Acho que 16 horas por dia seria algo que me deixaria bem satisfeito.
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Eu tenho aqui um labirinto que me diz que isso não está acontecendo.
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A canção evangélica diz mais ou menos assim: "essa paz que eu sinto em minha alma não é porque tudo me vai bem".
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Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam. Adeus.
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domingo, 12 de agosto de 2018

MINHA VOLTA AOS SHOWS: PROJETO SINGULARIDADE

Saí da noite por diversos motivos. Tocar músicas que você não gosta por uma grana que simplesmente não valoriza esse esforço não compensa.
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Sim, tento não alimentar preconceitos contra qualquer tipo de música mas isso não quer dizer que eu goste de passar 4 horas direto tocando coisas que não tem muito a ver com minha história, minha evolução musical, minha verdade pessoal.
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Trocar o dia pela noite, alimentação inadequada, ter que levar todo o seu equipamento, ouvir desaforos de donos de bar ou do próprio público.......isso tudo me fez desistir de tocar em bares e casas noturnas.
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Mas as coisas mudaram.....
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Primeiro, a saudade dos palcos. A vontade de preparar um grupo de canções e as compartilhar com o público é muito grande. Executar um repertório num esquema de show não tem nada a ver com tocar as mesmas músicas em casa ou nas aulas.
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Depois, o mais urgente: cantar periodicamente deixa nossa técnica vocal e instrumental mais afiada. Noto que as gravações que tenho feito domesticamente das músicas do meu próximo CD estão saindo com um som que não é o que eu preciso na hora da gravação oficial em estúdio.
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E finalmente, mas não menos importante, usarei esse espaço como laboratório para várias experimentações. Rearranjos de músicas importantes pra mim, tocar músicas de meu 1.o CD e, principalmente, apresentar em 1.a mão algumas das 33 canções de meu próximo CD.
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Alguns detalhes já estão definidos: me apresentarei sozinho tocando piano e cantando, sem mais nenhum outro músico. Se possível, usarei piano acústico. Serão shows com 2 partes, 18 músicas em cada parte. E divulgarei com antecedência nas mídias sociais as músicas que tocarei naquele dia. E só tocarei essas músicas.
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As canções de outros artistas que interpretarei serão como que uma preparação para o lançamento de meu próximo CD porque elas guardam em si o sentido de minha evolução estética e até mesmo espiritual. São importantes pra mim porque ajudaram a formar a personalidade musical que tenho hoje.
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Planejo lançar mais um texto semanal neste blog, além deste texto semanal que escrevo há 2 anos, comentando sobre o porquê de algumas das músicas estarem no set-list. Farei isso porque apresentar um set-list que contenha, por exemplo, "Pra que eu possa perdoar", do padre Zezinho pode causar confusão entre alguns amigos que seguem a carreira deste compositor ateu e à toa.
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Divulgarei local, data e horário em breve. Venha comigo!!!
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domingo, 5 de agosto de 2018

FREDDIE MERCURY CONTRA GUILHERME KERR

Vou deixar dois links abaixo. O 1.o é de um famoso grupo gospel, Vencedores por Cristo. O segundo é de uma banda nova, tão falando super bem dela, vocalista promissor....
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https://www.youtube.com/watch?v=Xr__wXngV4M

https://www.youtube.com/watch?v=GugsCdLHm-Q
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Então, até meus 14 anos, ouvi quase que somente música cristã. Hinos, "corinhos" e canções evangélicas eram o cardápio preferencial somente incrementado por músicas eruditas visto que desde os 7 anos eu estudava piano e me afeiçoei bastante a famosa "música clássica". 
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Sim, ouvir música erudita desde sempre educa. Educa os ouvidos, o cérebro, a sensibilidade. E realmente me sinto abençoado por ter sido apresentado a esse tipo de música desde tão cedo, mesmo vindo de uma família muito pobre.
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Mas a outra música, a música evangélica, era minha referência em termos de som popular. E, dentre todos os "Luís de Carvalho", "Oséias de Paula" e "Jovens da Verdade" do mercado protestante da década de 70, Vencedores por Cristo realmente era melhor, muito melhor, infinitamente melhor, simplesmente porque eles modernizavam os arranjos, instrumentação e performance pra que a mesma mensagem cristã pudesse ser entendida pelos jovens que na época ouviam a Contra-Cultura através do Led ou dos Stones.
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Havia um grande poeta nos Vencedores: Guilherme Kerr. Grande músico, com um domínio tão sensível da palavra que, sinceramente, poderia ter sido considerado como um dos grandes compositores brasileiros populares se não tivesse optado por dedicar seu talento unicamente a música cristã.
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Por outro lado, Jacqueline, minha irmã gêmea, comprou o "Hot Space" do Queen em 1981 e o ouvia sem parar. Aliás, ela, ingenuamente, sonhava com Freddy Mercury.......
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De tanto ela o ouvir, eu, por tabela, também acabei meio que decorando o disco e fiquei bem impressionado com o som da banda. Tanto que fui lá e comprei o Greatest Hits. 
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Olha, nem vou tentar descrever o que significou ouvir aquele disco. Eu simplesmente me recusava a acreditar que um grupo de 4 caras haviam conseguido compor e gravar aquelas músicas. Cheguei realmente perto de perder o vinil de tanto que o ouvi. Um detalhe importante: naquela época, só tinha uma Sonatina 86 pra ouvir LPs e ainda por cima ela estava quebrada, só um dos lados do estéreo funcionava. Quando ouvi esse (e outros discos) do Queen com a vitrola consertada, quase chorei de emoção.
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Já ouviram a frase "a beleza salvará o mundo", de Dostoiéwski?
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Então, de um lado havia Guilherme Kerr, com sua poética leve, terna, edificante e amorosa querendo nada mais que todo o meu ser voltado pra deus.
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Do outro lado, havia Freddie e os outros caras com suas músicas lascivas, agressivas, hedonistas, sensuais, provocantes....
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G. Kerr com "vamos dar nossas vidas a deus?" versus F. Mercury  e seu "fuck yourself!!!"......
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Bem, esse foi o início do fim de minha fé (em qualquer coisa). A Beleza me salvou.
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